Envelhecer em meio a uma sociedade que precariza as relações
- melogerontologia
- 17 de fev.
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Envelhecer sempre foi um processo desafiador, mas no contexto atual, em que as relações humanas estão cada vez mais fluidas e descartáveis, os desafios se tornam ainda maiores. A sociedade contemporânea valoriza a rapidez, a produtividade e o consumo imediato, deixando em segundo plano os vínculos afetivos duradouros e o cuidado mútuo, aspectos essenciais para um envelhecimento saudável.
Com o aumento da expectativa de vida, o número de idosos cresce significativamente, mas muitos enfrentam o isolamento social, a solidão e a falta de suporte familiar. As relações de longo prazo, que outrora eram o alicerce para a segurança emocional e o cuidado na velhice, estão sendo substituídas por interações superficiais e temporárias, dificultando o apoio necessário nessa fase da vida.

A precarização das relações afeta diretamente a saúde mental dos idosos, aumentando os casos de depressão, ansiedade e outras doenças emocionais. Além disso, a falta de vínculos sólidos pode agravar a vulnerabilidade financeira e a dependência de instituições, muitas vezes incapazes de oferecer o suporte integral que a pessoa idosa necessita.
É essencial que a sociedade e as instituições se mobilizem para oferecer suporte aos idosos sem vínculos familiares. Políticas públicas, programas de inclusão social e iniciativas comunitárias são fundamentais para garantir que esses idosos tenham acesso a cuidados, apoio emocional e oportunidades de socialização.
A solidão na velhice é uma realidade que não pode ser ignorada. Ao promovermos a empatia, o acolhimento e a inclusão, contribuímos para que os idosos enfrentem essa fase da vida com dignidade, respeito e qualidade de vida. O cuidado com o idoso não é apenas uma responsabilidade familiar, mas um dever social que reflete o respeito pela trajetória de cada indivíduo e a valorização da vida em todas as suas fases.




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